O sensual, de uma forma só nossa

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Guerra dos Sexos


A GUERRA DOS SEXOS

Manchete: A mulher venceu a guerra do sexo. Marketing? Ciência? Política? Mas que acendeu um desejo íntimo, uma chama que iluminaria uma disputa bíblica e que se poderia falar em igualdade dos sexos, acendeu. Fiquei  curiosa pela reportagem, com certeza.

Esta é a opinião da jornalista americana Hanna Rosin. Diz  que os homens dominam há 400 anos. As mulheres, há 40. Leis e regras já existem. ‘ É crime oprimir ou discriminar as mulheres – na democracia.’ (Fora dela, podem o que quiserem. A mulher não reclama.) Eu sempre pensei que democracia inclui IGUALDADE! Feliz é o homem que pode viver sem lei e sem regra.  Pra ele a democracia funciona. Se sou feminista? Sou.

400 anos? O domínio começou na Idade Média? Deixa pra lá.

Vamos aos fatos. Na mídia.

Revista aberta, feitos de homens: 90%. Na política, nos negócios, nas invenções, na tecnologia, na filosofia, nos esportes... Os 10% restantes nas páginas escancaradas: duas fotos de mulheres: uma atriz, seminua, sorrindo, nos revela seus desejos: quero emagrecer 3 quilos e levantar meu bumbum. Outra de uma socialite mi ou bilionária. Seus desejos: ter o jato marca ... o melhor e mais caro do mundo, (ela tem  jatinho) e ganhar na Mega Sena. Virando a página: Uma reportagem de mulheres que sofreram abuso sexual na infância, um pedido de uma ‘celebridade’, na Justiça, para retirar cenas de sexo (públicas) encenadas na juventude. Outra, à procura de fotos dela nua, que ganharam a internet.  E uma mulher acusada de chantagear o juiz em defesa do marido preso. É, a mulher ganhou a guerra dos sexos. Quem não está na revista, está batalhando por um segundo trabalho, ou passando roupa, ou levando as crianças nas atividades, ou esperando o marido ou outro afazer rotineiro de donas de casa. Ou jogando buraco. Ou escrevendo... como eu agora.

Outra manchete me chamou a atenção: Vingança na novela. Tive de ler devagar para entender, já que não sou fã desse gênero. Uma personagem  passa a vida fazendo maldades aos outros. Motivo.. sofreu abuso do pai na meninice. Ah! Freud!

Um entrevista com a autora de Cinquenta Tons de Cinza, E.L.James, com seu romance de sexo sadomasoquista, o sucesso no planeta Terra. Toda a mídia imaginável ou ainda por imaginar, tratando-o como megassucesso.  O que realmente está sendo. E como sugeriu um humorista, as mulheres subiam as paredes como lagartixas. Conseguiu que eu risse. Fiquei imaginando-as agarradas às paredes. Foi no que deu a palavra de ordem religiosa: Sexo: pecado capital.

Detalhe: falam do livro como erótico!!!!! Jogada de marketing. Aliás, o livro é marketing. A obsessão pelo sexo explodiu. Elas têm razão. Nada como conhecer técnicas sexuais novas, fazendo a mixagem da dor e do prazer. A cada chicotada, um sorriso e exclamação num gemido: Bata outra vez, meu querido.

Uma ironia. Um romance da escritora e ativista americana, Naomi Wolf, Vagina, com o tema: o preconceito que a sociedade tem em relação ao órgão genital feminino. Seu livro foi censurado, mais precisamente a palavra Vagina. Assim, o iTunes Store exigiu a troca de título. Ficou ‘V’. E V insinua tanta coisa... E cada palavra que se referia a sexo, só era escrita em sua primeira letra + ... Ex.: p..., b...

Li atentamente as três ultimas reportagens. Todas de escritores. Me interessa  e muito. Quanto mais falando da mulher.

Gostei de Naomi Wolf, me comuniquei com ela. Um avanço no assunto mulher.

Sobre a vingança na novela Avenida Brasil. É interessante que sempre há uma desculpa para a maldade da mulher: abuso sexual.  A maldade dos homens, ah! são vítimas. Vocês conhecem a história bíblica... É incrível como a mulher é mostrada em seus aspectos mais submissos, fracassados, maldosos e desestimulantes, com uma ignorância impublicável.

Cinquenta Tons de Cinza. O megassucesso. O sexo não tem regras, diz ela. Ela disse, tá dito.

Não li o livro, mas as notícias chegam até a gente. Afinal, após a Globo anunciar o sucesso, as filas, no Brasil, se formaram nas portas da livrarias. Como lagartixas... elas...E eu, curiosa, numa reunião. abri o livro que uma amiga ganhou de presente, no começo. Nada acontecia. Folheei aleatoriamente  e li... minhas pupilas dilataram, as chicotadas. Três no ventre e outra no clitóris. Li em voz alta. Silêncio absoluto. Dei de ombros. Fazer o quê! Fechei o livro, mas o abri outra vez... mas no final. Bem...risinho malicioso....

Continua...

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