O sensual, de uma forma só nossa

O sensual, de uma forma só nossa

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

sábado, 24 de setembro de 2011

O curioso caso de Benjamim Button

Cinéfilo: grande apreciador de cinema. Eu o sou. Quando jovem, então, escrevia para meus famosos ídolos, naquela fase em que se confunde o espetáculo com o ator. Mas foi legal! Era um prazer receber suas fotos autogradas. O cinema é a arte do ilusionismo, mas quando somos conscientes de que é ilusão. Mas o que nosso cérebro guarda: imagens, palavras, vivências, efeitos, músicas... nos acompanha  em nossas emoções. Assim, a experiência vai nos informando sobre os filmes, se gostamos ou não, se é bom ou não valeu à pena a eles assistirmos. Mas valem, sim. Sempre com ele alguma emoção somos.
Assisti O Curioso caso de Benjamim Button. Diretor: David Fincher. E...
Não é o curioso caso de Benjamin Button que é curioso. Curioso é falso entendimento de uma frase de Mark Twain: "...a vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegr aos 18..." uma metáfora melancólica também incompreensivel..." como a gente ainda ouve dizer..."Ah! se eu tivesse a maturidade que tenho agora nos meus vinte anos..." A natureza é sábia. Onde ficariam as loucuras da juventude que nos empurraram para a vida, que nos deram momentos felizes e mesmo irresponsáveis, mas que nos faziam rir, gargalhar, ou chorar, encarar a aventura com nossa cabeça de jovem! Daria um filme.

Que tédio nascer com toda uma história e ir descartando-a ao longo da vida... mas será que Twain pensou nisso? Vamos deixá-la como metáfora, apenas metáfora.
Francis S. Fitzerard encarou a frase ao pé da letra e fez um conto: uma criatura nasce velha e rejuvenese. Li o conto. Falo do filme. Mas o equívoco começou no conto, ou melhor, o absurdo.
Benjamin nasce com estatura de um velho, falando normalmente, sai do hospital com roupa de adulto, "fashion". Seu nascimento vai contra todas as leis da natureza. Como essa mãe conseguiu parir...bem, é ficção! Mas ...
...uma obra de ficção tem seu próprio universo, independe da realidade, mas tem regras, e a básica é a verossimilhança dentro da própria obra. É vital que o espectador suspenda voluntariamente a descrença e acredite no universo do filme. Acreditar no quê? E a inverosimilhança projeta-se ao longo do filme.
Assim, temos uma criança (aqui o diretor entendeu o absurdo do conto, MAS...) que nasce velha, feia, enrugada, com catarata e artrite. A mente? A de uma criança. Um cérebro e um corpo dissociados. Cada um numa direção. Em algum ponto...?( confesso que fiquei confusa) a mente começa a rejuvenescer...mas a mente era de criança, (que deveria morrer velha...) Ou não entendi. Bem, não é bem isso que acontece! Não se observa uma mente de criança com mente de velho! Mas até lá... temos de aceitar um velho brincando com uma menina de sete anos, como se ele tivesse sete anos! Darwin me  ajude!
Um fenômeno,completamente anormal, não resulta em confronto nem em curiosidade na sociedade da época, nem especificamente na comunidade médica. Normalíssimo?!
Não há ação dramática. É uma aceitação total, traduzida em poucos diálogos ( para justificar as imagens). Não temos conflito (que move o filme) temos um personagem absurdo, que quer se fazer passar  por normal. A inauguração de um relógio, construído por um relojoeiro, que funcionava ao contrário - ( para trazer de volta um filho que morreu!) é a imagem e o conceito que pretende justificar Benjamin! - mas nada a ver com este - A cena, outro absurdo, impõe questões:  "se o relógio parasse, pararia a vida de Benjamin?..." Deixa pra lá...
As frases-clichês são introduzidas nos diálogos, como para justificar alguma ação dramática, que não há. "Somos predestinados a perder as pessoas que amamos..." "Não fique chateado. No fim, todos acabamos assim." soam vazias, Toda personagem exige conflito. Ele não tem. Sua condição não o afeta! É totalmente passivo. Não há antagonista. Para preencher  as lacunas diversas, inventam-se peripécias, com intenção de marcar o tempo que passa ( daí o enxerto de cenas inspiradas em Forrest Gump - apologia de um idiota-; inventam-se também um acúmulo despropositado de detalhes e situações para disfarçar a falta de um antagonista; não há preparação para revelações ( o pai simplesmente aparece e se revela como seu pai, deixando-lhe toda a fortuna, (de que ele iria vier com Daisy) que supre, na mente do diretor,  falta de capacidade de Benjamin para ter seu susteno: "Deus ex-machina".
A "história" é narrada em primeira pessoa, através de um diário de Benjamin. No entanto, são enxertadas uma série de cenas, que explicam ( tentam) explicar o nascimento de Benjamin, ou explicam o acidente de Daisy - como ele sabia de  todos os acontecimentos que levaram ao acidente dela? E  o ponto de vista? Benjamin era onisciente. Aliás, essa série de como aconteceu o acidente foi a única interessante no filme. Mas destoante.
Enfim, um filme tedioso, sem linha de ação, uma simples narração de um caso absurdo (porque o filme o transformou assim), um filme que não deu certo. Não dá nem para fazer-de-conta.
E com treze indicações para o Oscar!

Aonde é que fui me meter!!!

sábado, 17 de setembro de 2011

Palavra-pecado

O sensual de uma forma só nossa é identidade do meu livro de poemas, que nasceu oficialmente em Genebra, em 1º de a bril de 2011. É uma história de amor virtual-real, real-virtual de Jahn e Dawna, personagens ficcionais. E o que é a  ficção, senão um nível de realidade? Assim o amor se fez real, na linguagem poética, na  linguagem que emerge da alma, que transforma vidas, alimenta-as, que faz sonhar.
Como no resumo do livro, o sonho inesperado sonhando o real.
Nasceu dentro de um romance, que eu estava escrevendo. Nasceu imerso na sensualidade, no amor, na sedução. E como é bom escrever sobre o amor - que nos envolve com a felicidade, que muda a cor de nossos olhos e do nosso mundo, nos inunda com cores e faz de nossas palavras arte. Convivendo com a sensualidade, com a sedução, veio, para a história, a inspiração, com sua fala meiga e gentil, seu sorriso ardente e carinhoso, fazendo surgir meu primeiro poema sensual, deixando-me perplexa na vida.  Ele materializa a emoção. E somos emoção.
E o sonho de amor e o sonho do escrever se tornaram um.

                                Palavra-pecado                                                

Ele me disse, com sua boca carnuda e bela, 
E eu o ouvi avidamente:
"Te vejo despudoramente nua na minha frente,
Mas é impronunciável, ainda, uma palavra..."

Que palavra é essa?
Que palavra sexual, tão carregada de energia,
Queima sua boca, que se fecha, sufocando-o?
Teria a cor intensa do sexo, o gosto do pecado,
O cheiro do viver?
O som de estrelas que explodem?
- como explode meu corpo em contrações de lábios
Que se abrem e fecham, apertando o prazer!

No espaço não há som!
Mas há mistério!

Esse mesmo mistério que me alucina e me penetra,
Me queimando com seu esperma,
Como o relâmpago, que tudo transforma em fogo,
E em fogo explode meu orgasmo,
No instante final em que a mente se esvai...

                                                                Joana Rolim 

P.S. Direitos autorais protegidos por Lei, Regisrado na Fundação Biblioteca Nacional.


Encontra-se à venda nas Livrarias Curitiba e Livraria do Chain.

domingo, 11 de setembro de 2011

Celebridades:elas dizem...

Declarações assumidas por "celebridades"e publicadas pela mídia. Manchetes. Outras.
O conceito de celebridade assumiu  sua evolução. E para os que podem, pela vivência, fazer uma comparação entre as épocas, assumem diversas reações expressivas diante do quadro que se apresenta hoje: seus personagens, suas falas, suas situações: uma parada, risos, exclamações ( Meu Deus!), interrogações: "País da bunda? Que que é isso?", Sem mais comentários. Mas não me contive. Transcrevo o  que li em sites de notícias tradicionais, confiáveis.

Mara Maravilha: "Quem não paga o dízimo, rouba de  Deus. Rouba o quê de quem? Ah!, já sei. Mas o que ele vai fazer com o real? "O que o pastor faz com ele (o dízimo) não importa.." Ela pertence à Igreja Universal e tem uma loja de produtos evangélicos. E já viu os templos e casa do bispo..

Brasília. Congresso.
O deputado Cyro Miranda propôs à votação, na Câmara, um projeto: 30 de agosto - Dia Nacional da Corrupção. (365+1) "Oba!", disseram os eleitores inportantes do país. Afinal são eles que elegem nossos governantes, legisladroes. Quem são eles?   Preciso dizer?
Já em seguida a proposta foi "comemorada" com um cartaz ennnoorrme com uma palavra que diz tudo: Otário, que se alastrou nas redes sociais. Sabem quem é  o otário, né! Dúvida? Nós!

Em uma propaganda, descobriram que o homem chora: (Só agora! Quantos anos tem mesmo nossa civilização?) Puseram a foto do Romário, pela taça. 

Sandy: " No país da bunda, todos falam de sexo!" País da bunda? Explica melhor.

No reino animal também há celebridades. Uma vaca, Yvone, Ela fugiu.
Segundo a respeitada revista Der Segat - Alemanha - que noticiou o fato, "Yvone, a vaca, fugiu e, livre, se tornou selvagem. Yvone brigou pela liberdade. Ela mostrou ao mundo que sua vontade de ser livre é até muito forte para uma vaca. Se ela voltar, será tratada por uma entidade de direitos dos animais."
Feministas! O movimento pró vaca é mais forte do que o nosso!

Outras "notícias" importantes, já que são escritas em primeira página: um corte de cabelo de um jogador de futebol, três quilos a mais em outro... Deixa prá lá.

No site da Academia Brasileira de Letras: Prêmio Machado de Assis para Ronaldinho Gaúcho. E uma nova
canditada para ser uma das imortais - como Machado de Assis - Bruna Surfistinha. Vai concorrer com poetas, romancistas, e outros. Segundo um acadêmico, "Por que não ela, se aceitamos até Sarney! O passado dela ( ex-protituta - ela mesma   se descreve) não importa." E quem disse que importa?  O que se acendeu foi um velho hábito... Um dos critérios: vendeu mais livros. Eu não falei que a mulher quer ser livre? Pelo menos as suas leitoras e seus eleitores querem saber como. O resto é resto.

Encerro com uma declaração de Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País (Não verifiquei a autenticidade).: " Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas na marcha da maconha, mas que não se mobilibza contra a corrupção? 07/08/2011. E a marcha das "vagabundas", esqueceu? Não sei se elas saíram... mas que foi anunciada, foi.

Concluindo, temos  um novo conceito  para celebridades,  uma nova imagem para a bandeira do Brasil: um  rosto - Otário-, um novo lema: Corrupção, um novo  imposto: o dízimo ( não pra saúde, prá palácios),dois novos substantivos para caracterizar nosso país: País do futebol, do carnaval, da corrupção e da bunda. E preconceitos que se desfazem e critérios que se refazem na Academia de Letras, uma nova estratégia para políticos: o choro, e uma mídia em evolução, traduzindo os anseios do povo, ou o povo é que vive os anseios da mídia?  Que jogo curioso! Ou é vicioso?

E perguntas. Mara, que produtos você vende neste país?
A mulher, quando quer liberdade, foge, se torna selvagem?
O tempo e os homens, sem incluir os animais, vão redefinindo a civilização, sua cultura, seus povos, seus anseios, sua mídia, suas celebridades, suas palavras, sua cara.
Levantem esse cartaz!          








sábado, 3 de setembro de 2011

É brincadeira!

Diante de um texto, o inesperado pode nos fisgar e  fotografar nosso corpo imóvel, até um grito nos acordar: "Tô aqui!" Foi  minha alma (energia) que explodiu, ao ler: "Ateu com alma". 
Passado o susto, fiquei feliz. Tenho alma! Que descoberta! Que  alegria! 
Parei pra pensar. Quem parou? Meu corpo? Minha alma? Se eu fosse atéia sem alma, quem pensaria? Qual seria minha identidade? Mas será que existe ateu sem alma? Seria um Ser bem esquisito! 
Tudo por causa de um texto lido, que fixa uma entrevista com Rebeca Goldstein, escritora (de Harvard) - publicou um livro dando dicas para o bom convívio de ateus e não ateus. ( Não sabia que não se davam bem.) O personagem dela, Cass Seltzer, é um ateu com alma.  
Tentei imaginar um ateu sem alma. Não deu. Mas para os religiosos dá! E como dá! É a teoria do "homem-dual" - corpo e alma. O corpo é da Terra, a alma, um pedaço de Deus! O corpo se alimenta com que a natureza providencia, e fica por aqui. A alma se nutre do alimento transcendental - a espiritualidade - e vai para o céu. Vai pra onde mesmo? Que lugar é esse que ninguém conhece, nem ouviu falar, mas que a humanidade defende com 'com unhas e dentes'? (Não com os meus.) Onde o eixo que une os dois? - me perguntei. Ficou confuso. Eu - cérebro - baratinei. Ah! Freud, você, que mapeou o inconsciente, deixou de fora a "ponte" até o consciente? Jung, seu "inconsciente coletivo", reunindo todas as mentes num só pensamento! Se você visse no que deu! 
Descobriram o DNA - do corpo . E o da alma? Ah! É de Deus. E o que impera no Brasil, dá pra envergonhar!
Fui até a palavra "anima". É 'energia' - que anima o corpo -  animava até há dois mil anos. De lá pra cá, passou a Ser transcendente, fazendo uma rápida viagem pelo Planeta. 'Espiritualidade não é alimento transcendental, não, é o 'poder de pensar a vida, experimentá-la, exercê-la, vivê-la diante do Infinito'. Do mistério. Afinal, não sabemos nem quem somos, pois o cérebro é ainda um mistério, apesar de sabermos nele alguma região que se faz marcar em alguma ação, ou mesmo manchas coloridas ativadas... Não sabemos nem em que matéria estamos mergulhados ( já falei disso), nem como as  pessoas chegaram à conclusão de que existe ateu com alma e ateu sem alma. Que confusão fazem com nossos vocábulos, quando dela se apropriam para seus intentos. (Aguardo o download de pensamentos.) E 'nutro' meu pensamento com a beleza do sol, do luar, do outro (especial), com tudo que encanta o Ser, principalmente o mistério. Aí está a chave! Deixo pra vocês pensarem.
E o ateu, já colocado no inferno - em vida!- tendo que ouvir frases constrangedoras, não para ele - quem disse que  elas o constrange?- ser qualificado de 'pedante', 'fanático', 'pecador', e vários adjetivos em oso: presunç, pretenci, vaid, orgulh, olha para o outro e vê o outro, olha para o infinito e vê o infinito ( e se for finito,  mas  vá lá, chega de confusão).  E nada de calar o corpo pra ouvir a alma, nem peregrinar pra se encontrar, o corpo usa os cinco sentidos (+ alguns) que nos fazem ter sensações deliciosas de vida e na vida. E como é bom!!! Charles Darwin, que bem você fez para a humanidade!
Ah! Ateu. Um Ser total! Único! 

             
P.S. No link acima, ver Jahn. Resumos de livros ateus. Entre outros.